sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Capítulo 5 - The Scorpion


Cheguei ao estúdio e eles estavam bebendo e ouvindo as demos.
– Desliga. – Eu pedi e eles ignoraram. Revirei os olhos e desliguei a música. – Oi. – Eles me encararam com raiva. – Consegui um show pra vocês. – Olhei para Steve. – Sozinha.
– É mentira sua. – Disse Steve. Joguei o papel em cima da mesa de mixagem e Dave o pegou.
– É verdade, cara. – Ele disse surpreso. Dijon tomou o papel da mão dele.
– Inacreditável.
– Mas essa porra é hoje a noite! – Disse Greg.
– Tá vendo, não faz nada direito. – Disse Steve.
– E qual o problema de ser hoje a noite? – Perguntei.
– Nós não temos vocalista. – Disse Ellefson.
– Qual o problema?
– Qual parte do vocalista você não entendeu?
– Dave canta. – Sugeri. Todos me olharam como se eu tivesse dito a coisa mais absurda do mundo.
– Você deve estar brincando com a nossa cara. – Disse Dijon.
– Dave não canta. – Disse Greg.
– Todo mundo sabe disso. – Dessa vez foi Steve.
– Canta sim, eu ouvi ontem. – Olhei pro Dave e ele estava assustado.
– Você deve estar louca. – Ele disse.
– Ela não ta normal. – Disse Ellefson. Eu tinha feito um favor em arrumar o show e eles estavam arrumando empecilhos, me estressei.
– ENTÃO VAI PRO SHOW E TOCA ESSAS PORRAS DE DEMOS PRA VER SE ALGUÉM VAI FICAR PRA OUVIR. – Gritei.
– Ela tem razão, não da pra ser um show instrumental. – Disse Steve. Todos ficaram encarando o Dave.
– Olá. – Ele disse.
– PERA AÍ. – Gritou Dijon. – Onde você ouviu Dave cantando?
– No carro, quando ele me levou para casa depois que todos vocês nos abandonaram. Eu ouvi, não to ficando louca. – Dave riu do que eu disse e Ellefson o olhou.
– Você vai cantar. – Disse Ellefson com o dedo quase encostando na cara de Dave.
– Mas... Calma. – Disse Dave.
– Não dá pra ter calma, é hoje a noite. – Disse Steve. Greg pegou a guitarra e olhou para Dave.
– O que você está esperando? – Ele perguntou e entrou na cabine. Os outros foram atrás e Dave ficou me olhando.
– Vai logo. – O empurrei em direção à cabine.
– Você me paga. – Ele disse pra mim. Ri e o empurrei de novo. Eles passaram o dia ensaiando.
Eram dez horas da noite e eles estavam arrumando as coisas no palco do bar. Eles estavam nervosos, principalmente Dave, que não parava de dizer que eu estava louca. Steve ficava andando atrás dele de um lado para o outro dando apoio moral, que eu acho que não estava adiantando muita coisa. Dave tinha me xingado mais uma vez.
– Você vai conseguir Dave. – Steve dizia. – Só manter a calma e... – Ele o interrompeu.
– Cara, cala a boca. Você está me deixando irritado, vai pegar a merda da minha salvação que tá na mochila. – Disse Dave. Só poderia ser droga, claro. Que outra coisa o “salvaria”? Eu observava tudo que ele fazia, achando graça. – Você tá adorando tudo isso né?
– Você deveria estar feliz. Afinal, sua vingança contra o Metallica tá começando a dar certo. – Ele bufou e Steve chegou com quatro cigarros de maconha entregando pra cada um dos meninos e vindo em minha direção depois. – Eles não deveriam se drogar.
– Cala a boca, você não sabe de nada. – Ele me respondeu. Fui me sentar no balcão.
O show começou um pouco depois e eles tocaram todo o repertório, o que incluía Mechanix, que era uma versão mais rápida e intensa da música que Metallica gravou com o nome de The Four Horsemen. Tocaram também alguns pedidos que o público fez. Assim que o show acabou os meninos vieram falar comigo e eu os parabenizei. Ficamos bebendo e depois Ellefson me levou para o que disseram ser um camarim, mas não passava de uma dispensa um pouco mais arrumada.
– Porque você me trouxe aqui? – Perguntei.
– Você é muito bonita, sabia? – Ele disse se aproximando de mim.
– Obrigada. – Ele pôs as mãos na minha cintura.
– E muito gostosa também.
– Obrigada de novo, eu acho.
Ele sorriu e beijou meu pescoço, minha orelha e logo depois minha boca. Subiu a mão direita pela minha cintura até meu seio e apertou. Eu já estava com as mãos por dentro da camisa dele e levantava devagar. Ele me soltou para tirar a blusa e eu abri o zíper da calça dele. Voltamos a nos beijar e ele levantava minha blusa. Empurrei-o devagar e tirei a blusa enquanto ele beijava meu pescoço e apertava minha cintura. Ele passou a mão pelo meu corpo até chegar nas costas, desabotoou meu sutiã e o jogou no chão, beijou meu seio, chupou meu mamilo enquanto abaixava minha calça, segurei-o pela nuca e apertei sua cabeça contra meus seios, ele me empurrou para a parede e chupou com mais força. Levantei a cabeça dele e sussurrei em seu ouvido:
– Vai com calma. – Eu beijava o pescoço dele enquanto abaixava sua calça, senti ele ficando arrepiado. Ele ficou de joelhos e tirou minha calcinha, subiu beijando minha perna e minha barriga, em seguida beijou meu pescoço enquanto abaixava a cueca. Me segurou pelas pernas e me levantou, as passei por sua cintura. Ele me penetrou de uma vez e nós gememos juntos. Encostei a cabeça na parede e fechei os olhos. Eu gemia alto, enquanto ele penetrava cada vez mais rápido e chupava meu seio. Ouvi barulho da porta e quando abri os olhos vi que era o Dave.
– Mas que porra é essa? – Ele perguntou e riu. Ellefson virou o rosto pra ele deixando meu rosto à mostra.
– Sai daqui, Dave. – Ele olhou pra mim e tirou o sorriso do rosto.
– AH, VAI SE FODER. – Gritou e saiu batendo a porta com força.

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